11 de janeiro de 2019

Inflação oficial fecha 2018 em 3,75%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, fechou 2018 em 3,75%, abaixo do centro da meta fixada pelo governo, que era de 4,5%. Em 2017, o índice ficou em 2,95%.

O resultado, divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está dentro do esperado pelo mercado e cumpriu com folga a meta de inflação perseguida pelo Banco Central, ficando dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema (entre 3% e 6%).

Analistas previam uma inflação de 3,69%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

Plano de saúde, energia e gasolina foram os vilões

Segundo o IBGE, a inflação de 2018 foi pressionada principalmente pelos preços dos produtos e serviços de habitação, transportes e alimentos. Juntos, estes três grupos responderam por 66% do IPCA do ano.

Individualmente, o preço do plano de saúde foi o item com maior impacto na inflação do ano, segundo o IBGE. Com alta acumulada de 11,17%, os planos de saúde responderam por 0,44 ponto percentual (p.p.) do índice geral de 2018, de acordo com o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.

Na sequência, os outros dois itens com maior impacto individual no indicador foram a energia elétrica, com alta de 8,7% e impacto de 0,31 p.p. no índice, e a gasolina, que aumentou 7,24% nos 12 meses impactando em 0,31 p.p. o IPCA acumulado do ano.

óleo diesel fechou o ano acumulando alta de 6,61%, enquanto o etanol teve queda de 0,40%.

Outros destaques de alta no ano foram passagem aérea (16,92%), ônibus urbano (6,32%), eletrodomésticos (6,28%) e cursos regulares (5,68%).

Em alimentos, as altas que mais pesaram no índice geral foram as do tomate (71,76%), frutas (14,10%) e refeição fora (2,38%).

Veja abaixo a inflação acumulada em 2018 por grupos pesquisados e o impacto de cada um no índice geral:

  • Alimentação e Bebidas: 4,04% (0,99 ponto percentual)
  • Habitação: 4,72% (0,74 p.p.)
  • Artigos de Residência: 3,74% (0,15 p.p.)
  • Vestuário: 0,61% (0,04)
  • Transportes: 4,19% (0,76 p.p.)
  • Saúde e Cuidados Pessoais: 3,95% (0,48 p.p.)
  • Despesas Pessoais: 2,98% (0,33 p.p.)
  • Educação: 5,32% (0,26 p.p.)
  • Comunicação: -0,09% (0 p.p.)

Fonte: G1/Economia

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