21 de dezembro de 2017

IBGE: IPCA-15 sobe em dezembro e acumula alta de 2,94% em 2017

RIO – (Atualizada às 12h21) A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), acelerou para 0,35% em dezembro, de 0,32% em novembro, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, o IPCA-15 fechou 2017 com alta de 2,94%, abaixo do piso da meta de inflação, de 3% – o centro da meta é 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A referência para o cumprimento da meta é, no entanto, o IPCA do mês de dezembro “cheio”, a ser divulgado em janeiro de 2018. A taxa acumulada em 2017 foi a menor para qualquer ano desde os 1,66% de 1998, segundo o IBGE.

A leitura do indicador em dezembro, de 0,35%, ficou exatamente na média das previsões de 24 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data. Essas previsões variavam desde 0,25% a até 0,40% para a prévia da inflação de dezembro.

A aceleração do índice entre novembro e dezembro foi influenciada principalmente pelos grupos de transportes, que avançou 1,16%; e habitação, com alta de 0,43%.

O avanço dos transportes foi puxado pela gasolina, que subiu 2,75% em relação a novembro e teve impacto de 0,11 ponto percentual. Também houve aumentos expressivos nas passagens aéreas, com 22,34%, e no etanol, que subiu 4,34%. Por outro lado, a redução de 5,28% nas tarifas de ônibus no Rio de Janeiro a partir de 15 de novembro causou uma queda de 1,04% no item ônibus urbano em dezembro.

O avanço da habitação teve como destaque a alta de 0,77% da energia elétrica – embora esse patamar tenha ficado abaixo do crescimento de 4,42% observado em novembro. Segundo o IBGE, a desaceleração foi causada pela mudança da bandeira vermelha patamar 2 para a bandeira vermelha patamar 1, o que causa uma diferença, para baixo, de R$ 0,02 por quilowatt-hora consumido nas tarifas. Ainda em habitação, o gás de botijão subiu 0,80% e a taxa de água e esgoto cresceu 0,92%.

Os destaques que seguraram a alta do IPCA-15 em dezembro foram artigos de residência, com queda de 0,27%; comunicação, que caiu 0,26%; e alimentação e bebidas, com recuo de 0,02%.

Dentro de alimentação e bebidas, que teve a sétima queda seguida – embora tenha sido o recuo menos intenso no período – destaque para feijão carioca (-5,02%), batata inglesa (-3,75%), tomate (-2,88%), frutas (-1,40%) e carnes industrializadas (-1,29%).

Na comunicação, destaque para as quedas do aparelho telefônico (-2,24%) e do telefone fixo (-0,76%). Já nos artigos de residência, a queda foi influenciada por TV, som e informática (-1,61%) e eletrodomésticos (-0,51%). O IPCA-15 é apurado com base na variação dos preços entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês corrente.

Por região

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 ficou abaixo do piso da meta de inflação, de 3% para este ano, em 6 dos 11 locais acompanhados.

O índice ficou abaixo de 3% em Porto Alegre (2,54%), Rio de Janeiro (2,89%), Fortaleza (2,40%), Belém (1,47%), Belo Horizonte (2,03%) e Salvador (2,35%).

Em São Paulo, que representa quase um terço do IPCA-15, o índice fechou 2017 com 3,53%.

Índice de Difusão

A proporção de itens na cesta do IPCA-15 que sofreu aumento de preços em dezembro subiu de 48,8% para 50,1% em dezembro, segundo cálculo feito pelo Valor Data. Sem considerar os alimentos, o índice de difusão também avançou de 52,6% em novembro para 55% no último mês do ano.

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