O economista Paulo Guedes, indicado para ser ministro da área econômica no governo de Jair Bolsonaro, defendeu nesta terça-feira (30) a aprovação da reforma da Previdência como principal medida para equilibrar as contas públicas. Questionado antes de uma reunião da equipe econômica com o presidente eleito, no Rio de Janeiro, Guedes afirmou que sempre foi a favor da medida, desde que o texto foi apresentado há dois anos. E afirmou que mantém a posição.

Guedes não deixou claro se apoiará a proposta que hoje tramita na Câmara, mas voltou a defender um plano nas linhas do que foi apresentado durante a campanha eleitoral: uma reforma para reequilibrar o sistema atual e a criação de um novo regime, inspirado na experiência chilena, voltado para quem entra no mercado de trabalho. Ele sinalizou ver com bons olhos a medida apresentada pelo governo atual. Reservadamente, técnicos próximos afirmam que é muito difícil encaminhar a medida ainda neste ano, justamente pela dificuldade da negociação política.

“Acho que trabalharam dois anos nesta reforma. Passei dois anos dizendo: ‘aprovem a reforma da Previdência’. Não é só porque agora passei para o governo, mudei o chapéu, não vou mudar minha posição”, afirmou, antes de uma reunião com o presidente eleito.  “Vamos criar uma nova previdência, de capitalização, mas existe uma Previdência antiga. Temos que consertar essa que está aí”, completou Guedes.

Fonte: O Globo