12 de junho de 2018

Planejamento prevê crescimento menor se país não aprovar reformas

O país vai crescer abaixo do potencial se não fizer reformas que reequilibrem as contas públicas, disse nesta segunda-feira (11/6) o ministro do Planejamento, Esteves Colnago. Segundo estimativas apresentadas por ele, o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país crescerá apenas 1,3% ao ano de 2021 a 2031 se nada for feito, 2,3% ao ano caso algumas reformas sejam aprovadas e 3,86% ao ano com reformas econômicas profundas que reduzam os gastos e mudanças que aumentem a produtividade.
Os números foram apresentados no lançamento da consulta pública sobre a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Elaborado por recomendação do Comitê Interministerial de Governança, formado pelos ministérios da Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Transparência, o documento tem como objetivos aumentar o PIB per capita e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos próximos 12 anos.
A ausência de reformas também atrasará a recuperação fiscal e elevará o endividamento da União. Segundo as estimativas, o superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) só voltará a ser registrado em 2025, e a dívida bruta atingiria 96,2% do PIB em 2031 caso nada seja feito, mesmo com o teto federal de gastos mantido.
No segundo cenário, com reformas fiscais limitadas aprovadas até o primeiro semestre de 2019, o Brasil passaria a ter superávit primário em 2023, e o endividamento chegaria a 73,6% em 2031. Na última simulação, com reformas econômicas profundas aprovadas até a metade do próximo ano, o superávit primário voltaria a ocorrer em 2021, e a dívida pública cairia para 34% do PIB em 2031. Atualmente, a dívida pública bruta está em 75,9% do PIB.
O documento estará sob consulta pública até 15 de agosto. As sugestões podem ser apresentadas no site da consulta. De acordo com Colnago, o país precisa fazer o ajuste fiscal e promover um ambiente macroeconômico estável para voltar a crescer de forma sustentável no longo prazo. “Não dá para pensar numa estratégia ao longo dos próximos anos sem a correção de desequilíbrios nas contas públicas”, declarou o ministro.
Fonte: Agência Brasil

Comentários

Deixe um comentário

Icon mail

Mantenha-se atualizado

Cadastre-se e receba nossos informativos