19 de julho de 2018

Secretário da Fazenda de SC nega possibilidade de aumentar impostos

Aumenta a preocupação das empresas em perder benefícios fiscais concedidos há uma década pela Secretaria da Fazenda do governo do Estado de Santa Catarina. O secretário Paulo Eli (foto) tem ido ao encontro dos empresários para explicar a situação financeira e falar da importância de se revisar parte das vantagens fiscais ainda em vigor. Esteve na Acijs, em Jaraguá do Sul, na segunda-feira, e estará na Acij, em Joinville, na próxima segunda-feira, dia 23. O tema de sua fala será “Desoneração da produção”.

O secretário garantiu que o governo não trabalha com a possibilidade de aumento de impostos, priorizando a melhora na arrecadação a partir da maior eficiência da máquina pública e nos controles de gestão financeira. Defende maior estímulo ao setor produtivo, como forma de melhorar o desempenho da economia e maior arrecadação: sem desonerar a produção, não há como manter o Estado competitivo. Disse aos empresários jaraguaenses que a administração estadual projeta um déficit de R$ 3 bilhões para o próximo ano, como reflexo da crise que atinge as contas públicas. Na palestra no Centro Empresarial, o secretário reconheceu a grave situação financeira.

Sem reservas

– O Estado não está quebrado, é o Poder Executivo que enfrenta problemas. O que acontece é que estamos sem reservas, e isto é reflexo do quadro econômico nacional, gasta-se mais do que se arrecada. Hoje, a folha salarial corresponde a 49,73% da receita do Estado. De 2015 a 2017, lembra Paulo Eli, as receitas vêm caindo, enquanto as despesas com custeio aumentam. Segundo ele, as receitas brutas, no ano passado, ficaram R$ 800 milhões abaixo do projetado. Como forma de reduzir a folha e equilibrar as finanças, dando fôlego a investimentos em setores como saúde, educação e segurança pública, a administração estadual reduziu cargos comissionados e está buscando outras formas de economia.

– Diferentemente da iniciativa privada, o poder público não pode simplesmente reduzir quadros ou cortar despesas, porque mesmo com poucos recursos precisa atender às demandas em presídios, hospitais e escolas, os serviços públicos não mudam.

Fonte: NSC Total

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