17 de julho de 2016

Empresários da micro e pequena indústria estão confiantes na gestão de Temer

Pesquisa do Simpi revela que 76% dos entrevistados acreditam em melhora do ambiente industrial

Índice de faturamento das MPIs ficou estável no mês, passando de 106 para 107 pontos

Índice de faturamento das MPIs ficou estável no mês, passando de 106 para 107 pontos

SÃO PAULO – Apesar de avaliarem que o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) será melhor que o de Dilma Rousseff (PT) na área econômica, os micro e pequenos industriais de São Paulo ainda temem pelo futuro de suas empresas. É o que aponta a última pesquisa do DataFolha encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi), realizada entre os dias 10 e 23 de junho. As perguntas de avaliação remetem a maio e as de expectativas a julho.

De acordo com o levantamento, 76% dos entrevistados acreditam numa melhor gestão de Temer no setor em comparação com o governo de Dilma. Mesmo com a expectativa positiva, 75% dos profissionais da micro e pequena indústria (MPI) avaliam que a crise econômica está prejudicando seus negócios, colocando-os em risco para o futuro.

Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, a pesquisa mostra que o momento é de expectativa e de espera. “De concreto, ainda não temos nada. O que estamos assistindo é uma torcida em relação a futuras mudanças”, analisa. Segundo ele, os dados mostram que enquanto não houver decisão definitiva sobre o governo, o quadro econômico tende a piorar.

Com 17 pontos, o índice total de investimentos chegou ao seu segundo pior resultado na série histórica, bem abaixo se comparado ao mesmo mês do ano anterior, quando alcançou 35 pontos. Apenas 9% das MPIs fizeram algum tipo de investimento em máquinas, equipamentos, reforma ou ampliação do espaço físico no período.

Em relação ao próximo mês, 88% dos entrevistados responderam que não têm intenção de realizar algum tipo de investimento em seus negócios.

A insatisfação com os impostos continua alta por parte das MPIs, mantendo estabilidade em relação aos meses anteriores. Na escala de 1 a 5, onde 1 significa que os tributos não dificultam em nada o desempenho dos negócios, e 5, que dificulta muito, 75% responderam notas 4 e 5.

Na comparação com o mês anterior, houve aumento nas demissões das MPIs. No cálculo, quanto mais alto o índice, menos demissões ocorreram. O número na última pesquisa era de 148 pontos, e na passagem do mês chegou a 140.

Já as contratações ficaram estáveis em relação ao mês anterior, passando de 14 para 15 pontos. Para esse resultado, quanto mais alto o índice, mais contratações ocorreram.

“A produção, faturamento, crédito, inadimplência, desemprego, enfim, tudo continua de igual para pior, porém, apesar de continuarem caindo, estão tendendo para uma estabilidade”, explica Couri.

Expectativas

O índice total de expectativas recuou levemente, passando de 112 para 107 pontos. O resultado é a média da avaliação da empresa, faturamento e margem de lucro na visão dos MPIs.

A maior queda ficou por conta da margem de lucro. De acordo com o levantamento, o resultado foi de 88 pontos ante 98 do mês anterior. Já a avaliação da empresa, caiu de 132 para 127 pontos. O faturamento ficou estável no mês, passando de 106 para 107 pontos.

Fonte: DCI – Marco Bissi

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