Aumento do uso da tecnologia, inclusive pelo Fisco, pressão por redução de custos e busca por maior agilidade fazem crescer a procura por novos serviços, oferecidos a partir de R$ 49 ao mês

São Paulo – Reduzir custos sem perder a qualidade no atendimento ao cliente é um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas de contabilidade.

Neste cenário, as empresas se adaptam e passam a oferecer modelos de serviços mais baratos, como a contabilidade on-line, e adotam modelos de expansão pelo modelo de franquias. Um dos principais aliados neste processo é a tecnologia, cujas plataformas digitais diferenciadas atendem às várias necessidades de contadores e usuários.

Pioneira no serviço de franquias de contabilidade, a empresa mineira NTW foi criada há 27 anos e possui a maior rede de franqueados do Brasil. São 42 empresas em 16 estados, além de uma unidade em Moçambique, na África. “Fazer parte de um conjunto faz diferença. Deixa a empresa mais forte e acrescenta capilaridade aos serviços”, diz o diretor-executivo da NTW, Ricardo Aguiar.

Para ampliar a opção de negócios, a NTW lançou há duas semanas um modelo mais simples de franquia de contabilidade, o “Express”. “É um modelo para quem quer entrar no negócio. Não exige capital nem cliente, basta ter vontade, networking e formação acadêmica”, explica Aguiar.O franqueado terá disponível todo aparato contábil, de planejamento, assessoria de imprensa e de marketing. “É uma tendência crescente, inovadora e veio para ficar”, resume.

Modelos virtuais

Outra novidade é a contabilidade on-line, viabilizada principalmente por conta dos avanços da tecnologia. Para o empresário contábil Anderson Hernandes, a mudança de modelo é irreversível, mas proporciona vários planos de atendimento. “O mais barato é de R$ 49/mês, serve para empresas pequenas, sem funcionários ou escrituração”, diz. Dono da Tactus Contabilidade Online, Hernandes conta que outros serviços podem ser agregados. Mas tudo quase sempre on-line. “A automatização reduz o gasto.” Em 21 anos de empresa, e há três anos no digital, Hernandes conta que 100% de seus clientes aderiram ao on-line. “O mercado de contabilidade on-line é o que mais cresce”, conclui.

Para o presidente do Sescon-SP, Márcio Shimomoto, as duas novas modalidades suprem nichos de mercado. Burocracia e momento econômico, argumenta, criaram o cenário para os dois modelos. “A área é complexa, as empresas têm dificuldades e os clientes querem mais, pagando os mesmos valores. Daí a necessidade de unir esforços e talentos. Então, por que não unir e atender bem o mercado?”, diz.

Cuidados de praxe

Já em relação à contabilidade on-line, inicialmente vocacionada para atender os pequenos, está sendo incorporada por escritórios tradicionais, que agregam mais serviços além da contabilidade, conta Shimomoto.

Ele acredita, no entanto, que os cuidados devem ser os de praxe ao se utilizar qualquer serviço on-line. “Tem que procurar se tem reclamação e avaliar o tipo de reclamação”, alerta. “Tem que ver se o serviço oferecido é adequado ao perfil do cliente.”

Fonte: DCI – SP – Por: Jo Pasquatto