17 de novembro de 2006

SC se destaca no anuário da Revista Expressão de Gestão Social. 51% das empresas destaque são catari

SC se destaca no anuário da Revista Expressão de Gestão Social. 51% das empresas destaque são catarinenses
 
A revista Expressão lançou no mês de agosto, seu anuário especial sobre Gestão Social. Nele, é divulgado o relatório de uma pesquisa realizada com 91 empresas da região Sul (41 delas catarinenses) que avaliou 434 indicadores em gestão social em sete grandes temas.


Além dos grupos avaliados, o anuário divide as empresas participantes em quatro estágios de práticas em responsabilidade social. Cerca de 30% delas estão no estágio quatro, o que indica que tem projetos de responsabilidade social avançado: no planejamento estratégico já constam iniciativas de responsabilidade social. Outros tímidos avanços foram sentidos no número de mulheres em cargos gerenciais, de colaboradores que realizam trabalhos voluntários, no faturamento bruto gasto com ação social, com treinamento e educação dos funcionários e com projetos de melhoria ambiental.


Abaixo, saiba mais sobre os sete grandes indicadores Ethos de Responsabilidade Social e as empresas que foram destaque na pesquisa.


Público Interno


Muito mais do que informar aos colaboradores o que acontece dentro da empresa, os funcionários tem voz. São programas que possibilitam um maior envolvimento dos colaboradores, que fazem com que as decisões acerca da empresa sejam fruto de concordância entre diretoria e trabalhadores.


A catarinense Brandili, por exemplo, destaca-se na categoria devido ao Programa de Participação nos Resultados e aos auxílios no campo educacional. O assessor de Gestão de Recursos Humanos da empresa, Álvaro Valentin Maia, explica que a empresa acaba tendo um feedback dos investimentos, especialmente em se tratando de educação. ?Auxiliamos com parte da graduação para os colaboradores que fazem cursos que tenham afinidades com o nosso negócio?, afirma.


Também estão entres os destaques as catarinenses Condor, Eletrosul, Furj, Metalúrgica Riosulense e Suprema.


Valores, transparência e governança


Dos cinco destaques nesse sentido, três são catarinenses: Gidion, Marisol e Tractebel. São avaliadas ações que conscientizam os colaboradores e a população em geral sobre os investimentos da empresa, sugestões dos colaboradores e estratégias de aproximação com o público interno.


A joinvillense Gidion, por exemplo, tem algumas atitudes destacadas no anuário. Uma delas é o ?Café com a Diretoria?, onde funcionários aniversariantes do mês são convidados para estar em contato direto com os gestores da empresa. Sugerir, criticar e elogiar ações empresariais são permitidos. Outra atitude que é destaque com méritos pela revista é a publicação de balanços completos – que incluem investimentos sociambientais ? mensalmente. Segundo Moacir Bogo, presidente da empresa, esse tipo de atitude beneficia também os próprios diretores. ?Antes, para a publicação do balanço social, reuníamos no início do ano os documentos necessários e só depois do balanço pronto é que víamos que não tínhamos gerenciado nossos investimentos em diversas áreas?.


Comunidade


A interação com grupos da própria comunidade é o grande foco das empresas que se destacaram nesse quesito. Cerca de 80% das empresas que participaram da pesquisa participam ativamente da elaboração e implantação de projetos em conjunto com entidades locais. Outro número bastante relevante da pesquisa, é de que 90% das empresas faz doações regulares de produtos e recursos financeiros ou dão algum tipo de apoio a instituições sociais.


Os catarinenses Celesc, Multibrás, Senac e Sesi são destaques nesse setor. Só o Sesi investiu R$ 742,9 mil em ações voltadas à comunidade no último ano. Cerca de 40% desse montante foi revertido em forma de doações a entidades de apoio social, como o Hospital Joana de Gusmão.


Meio Ambiente


Embora seja um dos temas mais clichês em termos de cuidado social nas empresas, as atitudes em prol do meio ambiente são sempre louváveis. Especialmente aquelas que envolvem os colaboradores nas ações.


A Ceusa, destaque catarinense junto com a H. Schneider (Ciser) e a Rigesa, reaproveita 100% dos efluentes no processo produtivo. O circuito hidráulico é totalmente fechado e a água recebe o tratamento adequado para sua reutilização. Os investimentos são grandes e o retorno também. Nos últimos cinco anos, a Ceusa investiu cerca de R$ 1,5 milhão na implantação e manutenção dos sistemas de controle ambiental, em contrapartida, a economia gerada chega aos R$ 55 mil mensais.


Fornecedores


As empresas que realmente cumprem o seu papel social são aquelas que, não só realizam esse tipo de ação, mas que usam desse critério para selecionar seus parceiros comerciais. No segmento fornecedores, a importância da adoção de boas práticas socioambientais em toda a cadeia de valor são observadas. São três as catarinenses que se destacaram: Karsten, NOS Borrachas e Weg.


A blumenauense Karsten, por exemplo, exige documentações a respeito do atestado de saúde ocupacional e participação em treinamento sobre a ISSO 14001 dos colaboradores. Auditorias periódicas são realizadas nas prestadoras de serviço onde são avaliados: existência de mão-de-obra infantil, condições de trabalho, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva. Treinamentos e acompanhamento constante da qualidade dos produtos fornecidos à empresa.


Consumidores e Clientes


Interatividade e comunicação eficaz. Os clientes são peça-chave para o sucesso empresarial e saber lidar com eles é a melhor forma de conquistar esse crescimento. O KG Laboratório e Hippo Supermercados são os catarinenses que merecem destaque.


Em Joinville, o Laboratório KG realiza um trabalho de sucesso nesse sentido. Depois de atendido, o cliente responde a uma pesquisa onde avalia o atendimento e sugere mudanças. As sugestões recebidas pelos formulários são utilizadas para o treinamento das equipes.


Governo e Sociedade


Com as relações entre governo e empresariado abaladas, o apoio a organizações governamentais acaba sofrendo as conseqüências. Por isso, esse quesito apresentou números alarmantes. Apenas 30% das empresas desenvolvem atividades de discussão e troca de informações sobre temas políticos e apenas 27% estimulam seus colaboradores a acompanhar a atuação dos candidatos por eles eleito.


Os destaques catarinenses ficam por conta do Banco do Brasil e do Ciee.

Fonte: Noticenter (17/11)

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