14 de outubro de 2013

Bancários retomam trabalho na maior parte do país na segunda-feira

Os bancários da maior parte do país decidiram aceitar a proposta das instituições financeiras de reajuste de 8% nos salários –1,82% de ganho real acima da inflação.
Com isso, os trabalhadores voltarão ao trabalho a partir desta segunda-feira (14). Pelo acordo, os bancários grevistas vão trabalhar uma hora a mais por dia até 15 de dezembro.
Retomam os trabalhos os funcionários das capitais São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Campo Grande e Curitiba. Em Salvador e em Fortaleza, voltarão ao trabalhos os trabalhadores dos bancos privados, sendo que continuarão em greve os da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
A greve também terminou nos Estados de Roraima, Piauí, Rondônia, Paraíba e Alagoas, além das regiões de Londrina (PR), Campinas (SP), ABC Paulista (SP) e Petrópolis (RJ). No Estado do Mato Grosso, a greve seguirá apenas na Caixa.
A greve dos bancários durou 23 dias nessas regiões. Foi a maior paralisação desde 2004, quando a categoria parou por 30 dias.
 
PORTO ALEGRE E FLORIANÓPOLIS REJEITAM
 
Os bancários de Porto Alegre e de Florianópolis rejeitaram a proposta e farão nova assembleia na segunda.
Na segunda, ocorrem as assembleias dos bancários de Brasília, Guarulhos (SP) e dos Estados do Acre e do Pará.
O piso dos bancários terá aumento de 8,5% (ganho real de 2,29%). Também foi acertado aumento de 10% sobre a parcela fixa da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e uma elevação de 2% para 2,2% no percentual de lucro que deve ser distribuído pelos bancos.
A inflação no período foi de 6,07%.
O salário médio da categoria é de R$ 4.740, e o piso salarial é de R$ 1.519. A PLR (participação nos lucros e resultados) paga aos caixas de bancos, segundo informou a Fenaban (sindicato patronal), varia entre 3,5 e 4 salários adicionais.
No início da campanha salarial, a categoria pediu 11,93% de reajuste, o que incluía 5% de aumento real, além de um valor maior para a PLR.
"Foi uma negociação difícil, mas que teve um bom desfecho. Quando começamos a negociar, os bancos falavam em aumento real zero; acabamos com 1,82%, que é um percentual acima da média da maioria das categorias", disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
 
Fonte: Folha de são Paulo
 

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