26 de julho de 2005

EMBRATEL REVERTE PREJUÍZOS E LUCRA R$ 93,6 MILHÕES NO SEGUNDO TRIMESTRE

O lucro da holding Embratel Participações somou R$ 93,6 milhões no segundo trimestre ante prejuízo de R$ 64,2 milhões em igual período de 2004.


No acumulado do ano, o crescimento dos lucros mostra-se ainda mais expressivo, com ganhos de R$ 136,8 milhões. Nos primeiros seis meses do ano passado, a empresa havia registrado prejuízo de R$ 59,6 milhões.


Apesar dos esforços para redução de despesas, a companhia enfrenta um cenário de forte concorrência nas chamadas de longa distância (DDD e DDI). Em sua última campanha, a empresa chegou a abrir mão do reajuste das tarifas para as chamadas de longa distância nacional após o reajuste autorizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).


As receitas da companhia cresceram 2,9% em relação ao segundo trimestre do ano passado e chegaram a R$ 1,859 bilhão. Segundo a Embratel, o crescimento pode ser atribuído ao ganho de 32,6% na receita de outros serviços, ao aumento de 1,3% na receita de voz de longa distância e ao aumento de 1,5% na receita de dados.


Em relação ao primeiro trimestre deste ano, no entanto, a receita teve queda de 2%. O resultado foi prejudicado pela queda nas chamadas de longa distância e no declínio da receita de comunicação de dados. No semestre, a receita foi de R$ 3,756 bilhões, um resultado 1,5% superior ao de igual período de 2004.


As receitas de comunicações de dados somaram R$ 438 milhões no segundo trimestre, com crescimento de 1,5% na comparação com igual período do ano passado e queda de 2% em relação aos três primeiros meses deste ano. Segundo a Embratel, o desemprenho foi afetado pelo reconhecimento de uma receita não recorrente de R$ 9 milhões de serviços prestados de internet.


Longa distância


A receita de chamadas de longa distância exemplifica o ambiente competitivo em que a Embratel está inserida. Ela cresceu 3,5% em relação ao segundo trimestre de 2004 e somou R$ 1,013 bilhão com o reajuste de tarifas do segundo semestre do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, houve queda de 2,7% em razão de uma receita média por minuto menor.


A redução de tarifas e a apreciação do real derrubaram a receita das chamadas de longa distância internacionais. Houve queda de 10,1% em relação a igual trimestre de 2004 e de 11,9% em relação aos três primeiros meses deste ano, com receita de R$ 169 milhões.


A empresa conseguiu reduzir as despesas de comercialização de serviços em 7% na comparação com o segundo trimestre de 2004 e 11,6% em relação aos primeiros três meses deste ano. As despesas somaram R$ 200 milhões. Segundo a Embratel, o declínio foi motivado pela redução na provisão para devedores duvidosos em razão da melhoria na cobrança do co-faturamento e de acordos entre a empresa e algumas operadoras de celulares.


Despesas


As despesas gerais somaram R$ 193 milhões, com queda de 38,8% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A dívida líquida somou R$ 682 milhões no primeiro semestre.


Durante o segundo trimestre, a Embratel aumentou seu capital social em R$ 1,823 bilhão, uma injeção de recursos que foi usada para reduzir a dívida total.


Em 2004, a Embratel foi vendida para a mexicana Telmex, que promoveu uma grande reestruturação na empresa, com centenas de demissões e mudanças em cargos estratégicos.

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