8 de junho de 2005

Empresários temem paralisação no Congresso

Isabel Sobral
BRASÍLIA

Empresários temem que a crise política paralise a votação de projetos no Congresso. ‘Claro que isso (a crise) acaba dificultando, macroeconomicamente, os negócios como um todo’, disse o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto, membro do PT e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no lançamento, ontem, de um programa de capacitação de micro e pequenos empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Mas Okamotto declarouse otimista: ‘Parto do pressuposto de que tudo o que acontece é para melhorar, por isso acho que haverá muita gente tentando mostrar que, apesar da crise, é possível discutir coisas boas para o País.

Vou tentar tirar desse limão uma limonada.’ O presidente do Sebrae confirmou para hoje uma manifestação de cerca de dois mil empresários reunidos na Frente Empresarial em favor da Lei Geral da Micro e Pequenas Empresas. Eles pretendem entregar ao presidente Lula e aos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Severino Cavalcanti, uma cópia do anteprojeto da nova lei, elaborada pelo Sebrae e encaminhada ao Executivo, ainda em análise na Casa Civil.
Para o vice-presidente da CNI, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, ‘a crise pode afetar a economia, por isso não pode ser ignorada e deve ter apuração firme e rápida’. O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Lucas Isoton, acha que é um sinal de alerta as denúncias terem afetado os indicadores financeiros: “Não dá pânico, mas dá um certo receio”.

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