4 de março de 2022

PIB 2021 cresce 4,6% no Brasil e registra melhor resultado desde desde 2010

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (4) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil fechou 2021 em alta de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões.

O resultado foi o melhor desde 2010, quando a economia havia crescido 7,5%. Analistas dizem que o bom desempenho ocorre porque a comparação é com 2020, ano de forte queda por causa da pandemia de covid-19.

Vale lembrar que em 2020, a economia brasileira encolheu 3,9%. “A economia brasileira recuperou o nível da atividade anterior à pandemia”, informa o Ministério da Economia por meio de nota.

A expansão econômica acumulada em 2020 e 2021 é maior do que a observada em todos os países do G-7, com exceção dos EUA. A variação do PIB brasileiro nos dois últimos anos ficou acima da mediana do grupo e acima do resultado da maior parte deles.

Da mesma forma, o país superou o desempenho econômico de países latino-americanos, como México e Argentina.

Previsões do PIB 2021

O Banco Central projetava alta de 4,4% do PIB em 2021. Mais otimista, o Ministério da Economia trabalhava com um percentual de 5,1%.

Apesar de estar 0,5% acima do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, o PIB continua 2,8% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Já o PIB per capita (por habitante) alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).

Retomada da economia

De acordo com o IBGE, o crescimento da economia foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do país.

Todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%).

O transporte de passageiros subiu bastante, principalmente, no fim do ano, com o retorno das pessoas às viagens.

A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou puxada por internet e desenvolvimento de sistemas.

“Essa atividade já vinha crescendo antes da pandemia, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda mais Rebeca Palis”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% em 2021, por causa da estiagem prolongada e de geadas.

PIB

Nos últimos anos, em função de sucessivas crises, o PIB brasileiro vem apresentando altos e baixos.

A crise econômica iniciada no fim do governo de Dilma Rousseff e, posteriormente, os efeitos da pandemia influenciaram os resultados mais recentes.

Veja o desempenho do PIB brasileiro nos últimos anos:

2010: +7,5%

2011: +4%

2012: +1,9%

2013: +3%

2014: +0,5%

2015: -3,5%

2016: -3,3%

2017: +1,3%

2018: +1,8%

2019: +1,2%

2020: -3,9%

2021: +4,6%.

 

Fonte: Contábeis

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