6 de outubro de 2017

Reforma trabalhista anima pouco pequeno empresário, diz pesquisa

A promessa do governo de que a reforma trabalhista vai aumentar o número de contratações não deve se concretizar entre entre os pequenos e médiosempresários. É o que mostra o Índice de Confiança do Pequeno e Médio Negócio (ICPMN), levantamento feito pelo Insper em parceria com o Santander.

uando perguntados sobre a perspectiva de contratar após a reforma, a maior parte dos entrevistados diz que pretende congelar as vagas disponíveis no próximo trimestre. Outros 21,5% dizem que vão contratar formalmente, e 7,70% declaram que vão demitir.

O professor do Insper Gino Olivares, que integrou o estudo, explica que o objetivo da pergunta sobre as perspectivas de contratação com a reforma trabalhista é para ter uma base para comparação futura. Como a lei é nova – foi aprovada em agosto e entrará em vigor em novembro -, as análises sobre seus efeitos deverão ser melhores quando a pergunta for refeita nos próximos trimestres.

Mas a baixa disposição em fazer contratações formais indica, segundo ele, que os empresários ainda não assimilaram as novas regras. “Minha leitura é que o governo, por estar preocupado com outras coisas, não deu a devida difusão para a informação”, disse Olivares a VEJA.

Outro fator que o especialista vê como motivo de restrição às contratações é o alto nível de ociosidade na economia. “O congelamento de vagas é o fator que indica que estamos em uma recuperação ainda incipiente”, avalia.

Um dado que surpreendeu os pesquisadores foi a avaliação sobre o impacto da queda da taxa de juros, que está em baixa desde outubro de 2016. A maioria dos entrevistados disse acreditar que essa redução não terá efeito nos seus negócios. Entre as hipóteses para essa leitura estão a possibilidade de que a queda nas taxas não tenha chegado a esse tipo de consumidor ou que os bancos estejam mais reticentes em emprestar para esse segmento.

O levantamento do Insper ouviu 1.298 pequenos e médios empresários, por telefone, da indústria, comércio e serviços. A margem de erro é de 1,4%, segundo a instituição.

Fonte: Veja.

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